Ervas e especiarias
Condimentos ou temperos são definidos pela
legislação como “... produtos constituídos de uma ou diversas substâncias
sápidas, de origem natural, com ou sem valor nutritivo, empregado nos alimentos
com o fim de modificar ou exaltar o seu sabor”. Eles foram classificados em
glutamato monossódico, sais sódicos dos ácidos ribonucléicos e especiarias ou
condimento vegetal (CNNPA, 1978).
Especiarias ou condimentos vegetais são os produtos
constituídos das partes (raízes, rizomas, bulbos, cascas, folhas, flores,
frutos, sementes, talos) de uma ou mais espécies vegetais. As especiarias podem estar constituídas na
sua forma genuína e pura ou em misturas das mesmas em um mesmo produto (CNNPA,
1978).
Os temperos são constituídos das misturas
dessas especiarias, e de outro(s) ingrediente(s), servindo como agregador de
sabor ou aroma a alimentos e bebidas, e podem ser denominados como “condimento
preparado”, seguido do ingrediente que caracteriza o produto (ANVISA, 2005).
Dentre as
principais especiarias, estão: açafrão, baunilha, camomila, canela, coentro,
cominho, cravo, cúrcuma, erva-doce, funcho, gengibre, louro, Mangerona,
noz-moscada, mostarda em pó, orégano, pimenta-jamaica, pimenta-do-reino e
pimentão em pó (CNNPA, 1978).
Portanto, use e abuse das ervas e especiarias para deixar o seu alimento com um toque especial no sabor, e, ainda por cima, muito mais saudável. Conheça um pouco a história da utilização das ervas e condimentos pela nossa civilização e um pouco mais sobre algumas das principais ervas e especiarias na culinária atual.
Histórico:
Portanto, use e abuse das ervas e especiarias para deixar o seu alimento com um toque especial no sabor, e, ainda por cima, muito mais saudável. Conheça um pouco a história da utilização das ervas e condimentos pela nossa civilização e um pouco mais sobre algumas das principais ervas e especiarias na culinária atual.
Histórico:
Desde a Pré-História, a humanidade tem
descoberto inúmeras utilidades para ervas e especiarias. Elas foram ganhando
mais importância para o comércio dos países que comandaram a economia mundial
durante muito tempo até a Idade Moderna. Em regiões como na China, Egito, Oriente
Médio, Grécia e Roma apenas esse produto fez parte da riqueza dessas nações
durante muito tempo, mas somente após a era do Descobrimento, ele começou a ser
difundido pela Europa por intermédio dos portugueses (ANTUNES, 1997).
A pimenta, o gengibre, a canela, o cravo e
a noz moscada do Oriente serviram como moeda de troca no escambo de metais
preciosos, ferramentas e outros produtos europeus. Os portugueses buscaram não só especiarias na Índia, mas também
na África, como a pimenta malagueta, no século XV (ANTUNES, 1997).
As utilidades eram inúmeras: condimentos
ajudavam a reduzir o odor dos alimentos que passavam muito tempo em períodos de
salga e fumagem (como carnes), que eram escassos principalmente durante o
Inverno, e apenas as famílias mais abastadas tinham acesso. Também eram
fabricados perfumes, cores de tinturaria e também remédios à base de ervas
(ANTUNES, 1997).
Na era contemporânea, após a Revolução
Industrial, se tem feito uso de ervas e especiarias como parte da ligação das
características sensoriais dos alimentos industrializados com aqueles o qual os
consumidores já estão mais habituados, dando um aspecto mais “caseiro” e mais
saudável a diversos produtos alimentícios (ANTUNES, 1997).
Principais ervas e especiarias e suas utilidades:
- Canela
A canela tem como propriedades principais
ação analgésica, anti-séptica, estimulante digestivo e tônico estomacal. É utilizada na cozinha principalmente em
preparações doces, como pudins, mingaus, cremes, canjica, arroz doce, banana
frita e outros tipos de massas doces (biscoitos, bolos e tortas). Ela geralmente é incluída em pó, salpicada
por cima da receita ou inteira, como no caso dos chás e outras infusões
(CAJAÍBA; ARAÚJO; BARBOSA, 2007; TRUCON, 2009).
- Manjericão
Na culinária, é ingrediente de preparações
a base de molhos de tomate (macarrão, pizzas, etc). Pode ser incluída também em
saladas, carnes diversas, arroz, legumes e ovos. Há a possibilidade de
misturá-lo com outras ervas, e pode ser consumida em folhas frescas ou secas.
Seu poder aromático é alto (CAJAÍBA; ARAÚJO; BARBOSA, 2007).
Possui poder sedativo (sendo usado em
tratamentos com aromaterapia), combatendo dores de cabeça e gastrites. É
digestivo e antioxidante (TRUCON, 2009; CAJAÍBA; ARAÚJO; BARBOSA, 2007).
- Pimenta-do-reino
A coloração do condimento se difere
conforme o seu método de colheita e conservação, sendo a do tipo verde
comercializada em conserva, a preta e a branca são encontradas com maior
frequência moídas. É um tipo de especiaria de utilização muito versátil, sendo
incluída em preparações como marinadas, embutidos, patês, conservas, e em
outras preparações em geral quentes ou frias (CAJAÍBA; ARAÚJO; BARBOSA, 2007).
Referências Bibliográficas
1.BRASIL, Agência Nacional da
Vigilância Sanitária. Resolução - CNNPA nº 12, de 1978. Padrões de
identidade e qualidade para os alimentos e bebidas.
Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/12_78_condimentos.htm> .
2.BRASIL, Agência Nacional da Vigilância Sanitária. Resolução
RDC nº 276, de 22 de setembro de 2005. Regulamento técnico para especiarias,
temperos e molhos.
Disponível em:
<http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/c8b2040047457a8c873cd73fbc4c6735/RDC_276_2005.pdf?MOD=AJPERES>.
3.ANTUNES, P. S. C. Avaliação da qualidade microbiológica
de canela, pimenta preta e pimenta branca. Curso de Ciências da Nutrição
da Universidade do Porto: Porto, 1997.
4.TRUCON, C. Alimentação Desintoxicante: Para ativar o
sistema imunológico. 6ª ed. São Paulo: Ed. Alaúde; 2009. p. 183.
5.CAJAÍBA, A P S; ARAÚJO, J M E; BARBOSA, M F. Utilização
de ervas e especiarias como alimento funcional na gastronomia hospitalar. Universidade
Anhembi Morumbi: São Paulo, 2007.
Disponível em: < http://periodicos.anhembi.br/arquivos/trabalhos/364066.pdf>.
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