Comfort Food - novo olhar sobre o alimento
É certo de que todo mundo já ouviu por aí as expressões fast food e junk food, que "roubamos" da língua inglesa para descrever aquelas refeições rápidas, feitas sem cerimônia alguma e preparadas com ingredientes totalmente industrializados. Mas depois de tantos alertas sobre o perigo desse tipo de alimentação para a saúde, está ganhando espaço um novo conceito, o do comfort food. Vou explicar do que se trata a seguir.
Essa expressão, que surgiu nos anos 90, nada mais é do que aquela refeição preparada de forma caseira, totalmente artesanal, com ingredientes mais naturais e bem mais elaboradas. É a famosa "comidinha da vovó", que traz as raízes tradicionais de certas formas de preparo e de degustação do alimento.
A memória afetiva e o resgate de certas tradições são a marca do comfort food, que está sendo uma aposta nesses tempos de pandemia, onde a cozinha voltou a ser protagonista nos lares. Com muita certeza, a relação entre as pessoas e o alimento é totalmente diferenciada, a partilha e os sabores ganham mais importância. O apelo emocional e as sensações são chaves para a experiência na mesa.
Nem sempre esse tipo de alimentação pode ser o menos calórico, mas a mastigação, o ato de saborear um prato junto com pessoas queridas, acaba despertando boas sensações, o prazer torna-se maior do que o sentimento de culpa e até a digestão vira um processo mais tranquilo. Mais tempo para digerir o alimento, maior saciedade, aí o exagero não rouba tanto a cena.
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